Filha mata mãe adoptiva a martelada para lhe ficar com os bens
Julho 5, 2019Diana Fialho e Iuri Mata, acusados de assassinarem Amélia Fialho, começaram em 04/07 a ser julgados em Portugal.
A história
Segundo a policia judiciaria Diana, de 23 anos, estudante universitária de Matemática Aplicada, adotada por Amélia aos 5, preparou o crime ao pormenor, inspirada nas séries policiais. Pesquisou na internet onde largar o corpo e traçou o plano, com ascendente sobre o marido Iuri Mata, 27 anos, formado em Contabilidade e Gestão. Sábado, ao jantar, desfizeram medicamentos que havia em casa para uma garrafa que só Amélia bebia, numa dieta especial.
A vítima, drogada, disse que se sentia tonta e foi para o quarto, onde filha e genro a mataram com golpes de martelo na cabeça. Enrolaram o corpo numa manta e, na madrugada, arrastaram-no escadas abaixo do duplex, para o elevador, garagem e mala do carro. A viatura (da vítima) foi parada junto a uma bomba de gasolina (com o corpo na bagageira) e o casal foi até lá a pé, como se não se conhecesse. Ele comprou gasolina e ela um isqueiro, tentando enganar a videovigilância. Seguiram para uma zona de mato em Pegões, onde regaram o corpo com a gasolina e o incendiaram.
Pegaram no outro carro da vítima, sem Via Verde para não deixar registo, e foram deitar ao Tejo o martelo e o telemóvel de Amélia, da ponte Vasco da Gama. Compraram produtos de limpeza e tentaram limpar os vestígios na casa e viatura – falharam porque a PJ encontrou sangue nos locais. Ao notarem que se tinham esquecido de atirar ao rio os óculos de Amélia, esmagaram-nos e deitaram-nos ao lixo. Lavaram as roupas usadas, mas esqueceram-se de limpar dos ténis a terra do campo onde estava o corpo.
Depois deram à PSP e nas redes sociais o alerta do desaparecimento. Diana queixou-se até da lentidão das autoridades. Sobre o histórico de desentendimentos com a mãe (várias vezes envolvendo polícia), disse que estava ultrapassado. Deu mesmo uma longa entrevista ao jornal fingindo não saber o que acontecera à mãe.
Mataram-na para lhe ficar com os bens.
Antes de a matarem , Diana e o marido Iuri andaram a ‘acalmar’ Amélia Fialho. A professora ameaçara deserdar a filha adotiva após anos de mau relacionamento e, principalmente, quando, em julho, ela se casou com o homem que Amélia reprovava. O casal regressara há 20 dias à casa da mulher e portou-se bem com segundas intenções: manter a herança do património de Amélia. Objetivo alcançado, e num acesso de raiva após uma discussão na sexta-feira, sábado drogaram e mataram a mulher de 59 anos. Tentaram o ‘crime perfeito’. Mas filha e genro foram detidos pela PJ de Setúbal e estão em preventiva.
De acordo com os depoimentos ao CM de colegas e pessoas próximas da professora de Físico-Química – dedicada à escola, à Igreja e à sua cadela Princesa -, Diana Fialho tinha olho nas casas da mãe: um duplex onde viviam no Montijo, um outro apartamento com inquilino na mesma cidade e uma casa de férias na Galiza (Espanha). Juntam-se mais dois carros.
Corpo descoberto
Os bombeiros foram apagar o fogo na madrugada de sábado para domingo mas não notaram o corpo carbonizado. O mesmo só foi descoberto na noite de quarta. Uma perna, separada pelo fogo, foi recolhida quinta.
Crânio com marcas
O cadáver carbonizado não deixava distinguir o género. Mas Amélia media 1,47 m e o corpo encaixava. Tinha um afundamento no crânio (do martelo). A PJ foi logo para homicídio.
Confessaram o crime
A PJ fez buscas todo o dia de quinta-feira em casa e nos carros da vítima. O casal foi detido às 02h00 de sexta. Confessou o crime, idealizado pela filha da vítima.
DEPOIMENTOS
Vanessa Pinto, amiga de Amélia Fialho
“A Amélia era muito boa mãe, muito preocupada e dedicada à filha. Não consigo acreditar que isto aconteceu. Parece impossível. Foi um crime hediondo, brutal e imperdoável.”
Custódia Carmo, tia de Iuri Mata
“Se o Iuri o fez, tem de pagar. Mas acho que não estava no juízo perfeito. Acho que foi obra da Diana, ela é uma miúda muito maquiavélica.”
Maria João, membro do Centro Paroquial do Montijo
“Fiquei chocada ao saber o que aconteceu e quando ela (filha) foi presa não me admirei. Tem de ser feita justiça. Não sei o que se passava, mas nada justifica uma filha tirar a vida da mãe.”
Homicida fez um apelo no seu facebook em Setembro para ajudar a encontrar a mãe adotiva
O caso começou a 4/07 a ser Julgado em Portugal.
Com informações correio da manhã