Famílias comem lagartos e restos de carne para enganar fome do RN
Dezembro 7, 2021Em Senador Elói de Souza, cidade do Rio Grande do Norte em um estado de calamidade pública por conta da seca, Adailton Oliveira lembra, com emoção, que o animal estava agonizando de fraqueza, faminto e foi morto por seu dono.
Os pedaços ficaram caídos onde foram repartidos. Adailton, relata que ainda ficou com a mão em uma das patas dianteiras. Com a mulher, Sebastiana fez com que os pedaços durassem por cerca de 20 dias em um fogão a lenha improvisado. O dinheiro do Bolsa Família não da para ajudar em nada.
Os relatos sobre a fome na região potiguar somam-se aos de outros brasileiros por todo o país. Neste ano, ganhou uma certa notoriedade fotos de ossos de um boi que estava sendo disputado por moradores do Rio de Janeiro e que foram vendidos como produto a mais em um açougue em Santa Catarina.
Duas casas a frente, Deojem Emanuel Gomes da Silva, de 57 anos de idade, conta que não tem nada em sua geladeira. O único alimento que tem disponível ali, é meio quilo de feijão. A renda que eles possuem é muito menor que o valor em que o gás encontra-se.
Ele ainda relata que não é possível nem ir atrás dos pequenos répteis, que por muitos anos eram os que alimentavam os mais pobres na seca do Nordeste. O número dr famílias que encontram-se em uma situação de pobreza também subiu, e aumentou o número de pessoas que estão sofrendo com a fome.
O país, tem observado, que em 2014 havia saído do Mapa da Fome da ONU, mas vem regredindo. O cenário piora desde o ano de 2016.