Ex-participante do Lata Velha faz grave acusação contra a Globo
Novembro 29, 2021Em mais uma grande polêmica envolvendo a TV Globo, o ambientalista João Marcelo Vieira, um ex-participante do quadro está travando uma batalha a 16 anos contra a emissora por ter entregado um Chevrolet Caravan fraudado no lugar de seu Opala SS 1979, que seria reformado no programa durante participação em 2005.
“O Opala foi o presente de um tio ao meu pai. Depois que meu pai faleceu, esse tio me fez prometer que jamais passaria o carro para frente. Ele era conhecido porque ficava estacionado em frente ao meu quiosque, no Rio de Janeiro. Sofreu com a ação do tempo, tinha partes enferrujadas, mas estava inteiro, alinhado, com rodas originais e carburador novo. Quando gravei o programa, a placa estava coberta por um adesivo do Lata Velha. Não me entregaram o carro em seguida porque, segundo eles, faltava a documentação. O fato estranho é que, na terça-feira após o quadro ir ao ar, ligaram dizendo que um telespectador havia feito uma proposta de R$ 120 mil pelo carro reformado. Claro que não aceitei. Como foi comprovado por duas perícias, uma particular e outra realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), o carro entregue era adulterado. Colocaram o chassi do Opala na Caravan, uma fraude. Eu seria preso se fosse pego com ele em uma blitz”.
No ano de 2016, a juíza Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte declarou improcedente o processo contra o programa Lata Velha. E para piorar toda a situação, ele foi condenado ao pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios no valor de R$ 100 mil, observada a gratuidade de Justiça. Segundo a juíza: “o autor entregou um carro em estado precário, sem valor comercial e sem condições de tráfego, e recebeu veículo totalmente reformado e estilizado, com valor comercial de R$ 120 mil (conforme proposta de compra). Em troca, cantou uma música no programa. Destaco, mais uma vez, que o autor concordou com os termos do programa, tanto que se sujeitou, inclusive, a aceitar as transformações que seriam feitas pelas rés, sem deter qualquer ingerência sobre a reforma. Sujeitou-se, ainda, ao risco de perder o bem que afirma ter tanta esmera”.