Conheça a superbactéria que matou jovem de 18 anos
Junho 18, 2023Uma adolescente de 18 anos faleceu devido às consequências de uma superbactéria resistente em Blumenau, uma cidade localizada no Vale do Itajaí, que fica no interior do estado de Santa Catarina, no começo desta semana.
Dâmilly Beatriz da Graça, que estava cursando biomedicina, adquiriu o microrganismo por meio de uma inflamação cutânea facial, popularmente conhecida como acne e/ou espinha, conforme comunicado divulgado por sua mãe, Daniela Veiga, nas plataformas de mídia social.
“Minha filha foi atingida por uma bactéria agressiva e de difícil reversão (Staphylococcus aureus). Gerou uma infecção generalizada e ocasionou falência múltipla dos órgãos”, escreveu Daniela Veiga.
Dâmilly era a única filha de seus pais. Até o ano passado, a jovem vivia em Timbó. No presente ano, iniciou sua graduação em biomedicina na Universidade Regional de Blumenau (Furb) e havia se transferido para Blumenau.
A mãe revelou que nunca tinha ouvido falar da Staphylococcus aureus até então. Quando sua filha começou a sentir dor no pescoço na semana passada, jamais imaginou que fosse algo tão grave. Diante da persistência dos sintomas, ela cogitou a possibilidade de meningite ou caxumba, porém, como a filha havia sido vacinada, descartou essas hipóteses.
O que é a Staphylococcus aureus?
A Staphylococcus aureus é uma das diversas espécies pertencentes ao gênero dos estafilococos, um tipo de bactéria que faz parte da flora natural presente no organismo humano. Geralmente, ela se mantém presente no corpo sem ocasionar enfermidades.
A presença da Staphylococcus aureus pode resultar em diversas formas de infecção, abrangendo desde furúnculos até casos graves como sepse (infecção generalizada), endocardite (infecção do coração) e abscessos, dependendo da localização. A septicemia causada por essa bactéria é uma doença séria, assim como a pneumonia, que possui uma alta taxa de mortalidade.
Os médicos classificam as estirpes de estafilococos em dois grupos com base na sensibilidade aos antibióticos: os meticilina-resistentes (conhecidos como MRSA, com o uso de oxacilina no Brasil) e os sensíveis.
Anteriormente, os casos resistentes eram predominantemente associados a infecções hospitalares, porém, essa dinâmica mudou. Agora, há casos de Staphylococcus aureus meticilina-resistentes provenientes da comunidade, ou seja, da população em geral.