PORQUE UNS SÃO RICOS E OUTROS POBRES.

Abril 23, 2021 Não Por love amem
Você por certo já deve ter se perguntado o seguinte: Se Deus é justo e bom, porque dá a algumas pessoas a fortuna e a outros a miséria absoluta? Onde estaria nesse caso a justiça divina?
De fato Deus tem tudo sob controle e dá a fortuna a algumas pessoas para que façam bom uso dela.
Não só a fortuna. A família, a saude, o nosso corpo, tudo que existe e que possamos pensar que temos, na verdade não temos é emprestado por Deus para que possamos fazer bom uso.

 

Embora todos nós queiramos a fortuna, até eu e quem não quer? A fortuna nos coloca em desvantagem. Jesus falou sobre a fortuna e a riqueza algumas vezes, recapitulemos o que ele falou.
Mateus 19:23
  • Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.

 

Mateus 19:24

 

 

  • E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.

 

Lucas 6:24

 

  • Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.

Lucas 12: 16 a 21

 

  • 16 – E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
    17
    E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
    18
    E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
    19
    E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
    20
    Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
    21
    Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

Timóteo 3:17

 

  • Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;

 

Portanto pelo exposto acima, a riqueza do ponto de vista espiritual não é uma vantagem, mas uma desvantagem, porque propicia ao homem uma tendência a perder a vida eterna que é um bem muito maior do que um período de vida de apenas cem anos ou oitenta anos ou sessenta anos ou quarenta anos. Quem sabe?

 

Portanto quando Deus em sua infinita sabedoria nos poupa de sermos ricos, ele o faz porque provávelmente sabe que isso não será bom para nós, como o pai sabe o que é melhor para o seu filho.

 

Entretanto é necessário que alguns sejam ricos, porque a riqueza impulsiona o progresso. Se não fosse a riqueza na mão de alguns, não haveriao progresso que é um fim específico de Deus. Deus que tem tudo sob controle, também tem o progresso da humanidade entre seus objetivos, e para que haja progresso há que haver a concentração de riqueza na mão de algumas pessoas.

No entanto a concentração de riqueza pressupõe uma responsabilidade. Já que tudo é emprestado por Deus, um dia ele irá cobrar o que emprestou, e o que foi feito com o que emprestou. Jesus deixa isso bem claro na parábola dos TALENTOS. Vamos recorda-la.

 

Mateus 25

 

  • 14 – Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.
    15
    E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
    16
    E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
    17
    Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.
    18
    Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
    19
    E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
    20
    Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
    21
    E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
    22
    E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
    23
    Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
    24
    Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
    25
    E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
    26
    Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
    27
    Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
    28
    Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
    29
    Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.

Observando a parábola, veremos que O Senhor que na parábola representa DEUS, oferece seus talentos àqueles que julga terem capacidade para administra-los. Àquele que julga ter mais capacidade ele dá mais talentos, a outro que julga não ter a mesma capacidade mas ainda assim tem uma capacidade relativa, dá um número menor de talentos, e a outro que não tem tanta capacidade dá a menor quantidade, que é um talento. Na verdade esse um talento é uma oportunidade que está recebendo aquele servo que não tem capacidade administrativa, para que desenvolva essa capacidade.

De fato confirma-se que os que o Senhor julgou terem mais talentos, correspondem a sua confiança, e portanto acabam por receberem mais talentos para sua administração, e o servo que o Senhor julgou não ter capacidade confirmou sua incapacidade, não adminstrando bem o único talento que recebeu. Dessa forma até esse um talento lhe foi retirado e ficou sem nada.

Portanto se Deus confia a fortuna em algumas mãos é porque reconhece nessas pessoas capacidade para bem administra-la e com ela impulsionar o progresso, frutificando o que receberam.

O homem rico, no entanto em geral (Existem excessões) não quer saber de Deus. Esquece de Deus e com raras excessões, procura desfrutar dos bens que possui de forma extravagante. Deixa que lhe suba à cabeça, a idéia de que é mais merecedor que seus irmãos e que é um ser superior. Deixa que lhe exacerba o orgulho e a vaidade que por certo lhe conduzirão a ruina. à falta de paz.

 

Fonte: Um ensaio sobre o dinheiro e o exemplo de Jorginho Guinle.