Conheça a “Carta do Diabo” escrita por uma freira
Setembro 25, 2017Ao longo de mais de três séculos, grandes eruditas, decifradores e vários ocultistas se viram aturdidos por culpa de uma carta enigmática que, supostamente, foi escrita por uma freira beneditina que afirmou estar sendo guiada pelo próprio Diabo. De acordo com a intrigante lenda, a irmã Maria Crosifissa della Concezione, do convento de Palma di Montechiaro, situado ao sul da Itália, despertou depois de um desmaio em 11 de Agosto de 1676 e encontrou seu rosto todo coberto de tinta.
Agora, nada menos que 361 anos mais tarde, alguns investigadores do Centro de Ciências Ludum, na Sicília, afirmam haver decodificado ao menos 15 linhas da única carta que sobreviveu, mediante o uso de um código secreto que encontraram na Deep Web (a Web oculta), um conjunto de redes que não são de uso público e que requer um software específico e autorizações para ter acesso. “Tudo é encontrado ali: narcóticos, venda de armas, assassinos profissionais e também os programas utilizados pelos serviços de inteligência para decifrar mensagens ocultas, como o que usamos”, disse Daniele Abate, diretora do Ludum.
“Preparamos o software com um conjunto de línguas, entre elas, grego antigo, árabe, o alfabeto rúnico e o latim, para poder decifrar parte da carta e demonstrar se realmente se trata de algo diabólico”. Terminado o processo, os especialistas concluíram que as cartas eram uma mistura de línguas e que foram criadas e escritas pela própria Irmã Maria, que, pelo que parece, se converteu em uma linguista durante seu período no convento. A carta descreve a relação entre os seres humanos, Deus e Satanás de uma maneira desordenada e inconsistente.
Nela, a Irmã Maria, ou quem quer que a possuísse, animava a Deus a abandonar o homem e deixá-lo nas mãos do diabo. “Deus foi inventado pelo homem, e pensa que pode libertar os mortais, mas esse sistema não funciona para ninguém”, diziam algumas linhas que foram traduzidas. O texto também descreve Deus, Jesus e o Espírito Santo como “pesos mortos”. A tradutora disse que o conteúdo dos documentos a fizeram suspeitar de que a Irmã Maria estava sofrendo de algum estado de esquizofrenia.