Reze comigo…Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina
Maio 4, 2017Esta é a história de um garoto que vivia apenas com seu pai.
Ambos tinham uma relação de amizade e respeito muito especial.
O menino pertencia à equipe de futebol americano da escola e normalmente não tinha oportunidade de jogar, ou melhor, quase nunca.
Mesmo assim, seu pai permanecia sempre nas grades lhe fazendo companhia.
Quando entrou no segundo grau, o jovem era o mais baixo da classe, mas insistia em participar da equipe de futebol do colégio.
E seu pai sempre orientava e explicava que ele não tinha que jogar se não quisesse realmente.
Mas o garoto amava o futebol e não faltava em nenhum treino ou jogo.
Estava decidido a dar o melhor de si e sentia-se comprometido com aquilo.
Os colegas o chamavam de “esquenta banco”, porque vivia sentando como reserva.
No entanto, seu pai, com espírito lutador, sempre estava nas grades fazendo-lhe companhia, dizendo-lhe palavras de consolo e dando-lhe todo apoio que um filho podia esperar.
Quando ingressou na Universidade, tentou entrar na equipe de futebol, e todos estavam certos de que não conseguiria, mas ele venceu a todos entrando no time.
O treinador disse-lhe que o tinha aceitado porque ele demonstrava jogar de corpo e alma em cada um dos treinos e ao mesmo tempo transmitia à equipe grande entusiasmo.
A notícia encheu seu coração por completo, correu ao telefone mais perto e ligou para seu pai, que compartilhou com ele daquela emoção.
Sempre enviava ao pai os ingressos para assistir aos jogos da Universidade.
O jovem atleta era muito persistente, nunca faltou a nenhum treino ou jogo durante os quatro anos de universidade, mas também nunca teve a chance de participar de nenhum jogo.
Era a final da temporada e justo alguns minutos antes de começar o primeiro jogo das eliminatórias, o treinador lhe entregou um telegrama.
O jovem leu e ficou em silêncio por alguns instantes…
Respirou fundo e, tremendo, disse ao treinador:
– Meu pai morreu esta manhã: existe algum problema se eu faltar ao jogo hoje?
O treinador o abraçou e disse:
– Tire o resto da semana de folga, filho, e nem pense em vir no sábado.
Chegou o sábado e o jogo não estava bom…
Quando a equipe estava com três gols de desvantagem, o jovem entrou no vestiário, colocou o uniforme em silêncio, correu até o treinador e lhe fez um pedido, quase uma súplica:
– Por favor, deixe-me jogar… Eu tenho que jogar hoje – falou com insistência.
O treinador não queria escutá-lo.
Afinal, não podia deixar que seu pior jogador entrasse no final das eliminatórias.
Mas o jovem insistiu tanto que, finalmente, o treinador, sentindo pena, deixou:
– Ok, filho, pode entrar, o campo é todo seu…
Minutos depois, o treinador, a equipe e o público, não podiam acreditar no que estavam vendo.
Aquele desconhecido, que nunca tinha participado de nenhum jogo, estava sendo brilhante.
Ninguém podia detê-lo no campo e corria facilmente como uma estrela.
Sua equipe começou a fazer gols até empatar o jogo e, nos últimos segundos, o rapaz interceptou um passe e correu por todo o campo até fazer o último gol.
E graças a ele a sua equipe foi a vencedora.
As pessoas que estavam nas grades gritavam emocionadas e ele foi carregado por todo o campo.
Finalmente, quando tudo terminou, o treinador notou que o jovem se afastara dos outros e estava sentado, em silêncio e pensativo.
Aproximou-se dele e falou:
– Garoto, não posso acreditar! Você esteve fantástico! Foi incrível! Conte-me: como conseguiu?
O rapaz olhou para o treinador e disse:
– O senhor sabe que meu pai morreu… Mas o que o senhor não sabia é que ele era cego. Meu pai assistiu a todos os meus jogos, mas hoje era a primeira vez que ele podia me ver jogando…
E com um sorriso molhado de lágrimas, concluiu:
– Eu quis mostrar a ele que sim, que eu podia jogar bem.
Persistir num ideal, acreditar nas próprias forças, jamais desanimar e muito menos desistir, esse é o segredo para o sucesso!