Para você eu sempre serei uma fonte eterna de carinho.
Maio 1, 2017Tempos atrás, viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre quatro e cinco anos de idade.
O menino chamava-se Amor e a menina, Loucura.
O Amor sempre foi uma criança calma, doce e compreensiva.
Já a Loucura era muito emotiva, passional e impulsiva.
Entretanto, apesar de todas as diferenças, as crianças cresciam juntas, inseparáveis: brincando, brigando…
Houve um dia, porém, em que o Amor não estava muito bem, e acabou cedendo às provocações da Loucura, com a qual teve uma discussão muito feia.
Ela não deixava nada barato; estava furiosa como nunca com o Amor, e começou a agredi-lo, não só verbalmente, como de costume.
A menina estava tão descontrolada que agrediu o garoto fisicamente e, antes que pudesse perceber, arrancou os olhos do Amor.
O Amor, sem saber o que fazer, chorando, foi contar à sua mãe, a deusa Afrodite, o que havia ocorrido.
Inconsolada, Afrodite implorou a Zeus que ajudasse seu filho e que castigasse Loucura.
Zeus, por sua vez, ordenou que chamassem a garota para uma séria conversa.
Ao ser interrogada, a menina respondeu como se estivesse com a razão, que o Amor havia lhe aborrecido e que foi merecido tudo o que aconteceu.
Embora soubesse que não fora justa com seu amigo, a menina – que nunca soube se desculpar – concluiu dizendo que a culpa havia sido do Amor, e que não estava nem um pouco arrependida.
Zeus, perplexo com a aparente frieza daquela criança, disse que nada poderia fazer para devolver a visão ao Amor, mas ordenou que Loucura estaria condenada a guiá-lo por toda a eternidade, estando sempre junto ao Amor em cada passo que este desse.
E até hoje eles caminham juntos.
Onde quer que o Amor esteja, com ele estará Loucura, quase que fundidos numa só essência, tão unidos que por vezes não se consegue definir onde termina o Amor e onde
começa a Loucura.
É também por isso que se costuma dizer que o Amor é cego.
Não é verdade, pois o Amor tem os olhos da Loucura…